domingo, 13 de março de 2011

Manifestação " Rasca " Rica De Equívocos! III

Nota: Mais uma vez, algum especialista apagou esta parte. Aos eventuais leitores, as minhas desculpas por não poderem ler as conclusões.

Manifestação " Rasca " Rica De Equívocos! II

Terceiro, o PSD tem reafirmado continuamente, que é preciso "tirar as gorduras do estado", por outras palavras, tem defendido a diminuição do número de funcionários públicos. Também é do conhecimento público, que da agenda liberal de Passos Coelho, faz parte a liberalização dos despedimentos e a manutenção da precaridade do trabalho, traduzida na frase " é melhor um trabalho precário que a estabilidade no desemprego". Tendo em conta algumas das reivindicações das manifestações relacionadas com a precaridade no trabalho, será politicamente admissível que possa haver convergência entre elas e as propostas do PSD, mesmo tendo em conta a participação do lider da JSD a distribuir notas com a imagem de Sócrates? Quem quer enganar quem, o PCP e companhia a organizar uma manifestação "apartidária" ou a direita que diz que a "juventude" terminou com o ciclo do Sócrates? Se estas formas de fazer política não são pantanosas...não sei o que será um pântano político!
Quarto e possivelmente o maior equívoco. Sou de opinião, que o governo terá cometido um ou outro erro na aplicação das medidas de austeridade, particularmente, nas reformas mais baixas. Todavia, parece indiscutivelmente justo, que a tributação dos vencimentos e agora das reformas acima de 1500,00£, foi justa, ainda que insuficiente para os valores superiores. Daqui decorre, que a esmagadora maioria dos trabalhadores não foram penalizados, para além do IVA e do IRS.
Como relacionar então, o facto de só agora ter avançado a manifestação, com a pressuposta teoria, de que o PCP e companhia defendem os trabalhadores mais desfavorecidos? Será que o PSD está disponível para integrar os jovens licenciados nos organismos do estado em troca do apoio do PCP para o derrube do Governo? Ou estarão todos eles a disputarem eleitoralmente o voto da juventude licenciada com promessas que sabem não poderem serem cumpridas no actual quadro político e económico de Portugal e da União Europeia? Que pântano...

sábado, 12 de março de 2011

Manifestação " Rasca " Rica De Equívocos!

Participei em muitas manifestações. Presenciei muitas outras, para melhor compreender a forma de participação e mobilização e o seu eventual impacto. Que me recorde, nunca tinha assistido a tanta promoção de uma manifestação e, em particular, a uma cobertura televisisa e de outros orgãos da comunicação social,como aconteceu hoje!





Apetece dizer, que houve uma manifestação organizada pela comunicação social "rasca", participada pela "geração rasca" , com objectivos "rasca" ,mas com aproveitamento político variado e cheio de equívocos, senão vejamos:



Primeiro, será por mero acaso, que o Secretário Geral do PCP e o Cordenador do BE apoiaram a manifestação e o Carvalho da Silva participou? Quem acompanha e pensa a política nacional , sabe que estas organizações assumem estar contra a política do Governo do PS e, implicitamente, contra o sistema democrático e suas aliânças. Como compreender então, que os comentadores políticos da direita e, em particular, do PSD afirmem que se tratou de uma grande manifestação e que prova o fim de ciclo do PS e a exigência de novas eleições? Admitem, que é a resposta do PCP à proposta do Bagão Felix?!



Segundo, se a juventude "rasca" tem reivindicações a fazer, na minha opinião tem muitas, se o processo inicial era apenas o problema da precaridade de emprego nas suas multiplas facetas, ainda que, quase sempre relacionado apenas com os jovens licenciados, como compreender, que nas manifestações, tenha estado outras gerações em tão grande número e muita propaganda tenha sido contra o Governo Socrates, contra o PS e até o PSD? Mas então, a precaridade de trabalho e a diminuição de direitos, não existe há vários anos para os trabalhadores jovens não licenciados?

Nota:
Mais uma vez não consegui a publicação integral do artigo! Algo que me ultrapassa.