terça-feira, 16 de setembro de 2014

MARINHO E PINTO ESTÁ A PROVOCAR UMA REVOLUÇÃO, NA CLASSE POLÍTICA E NOS PARTIDOS TRADICIONAIS, QUE ASSUSTA OS COMENTADORES E OS INSTALADOS NO REGIME!


Terceira parte:


Será que na campanha negra contra Marinho e Pinto, além de deturparem as suas ideias, adulterem factos públicos, atacarem a sua personalidade e tentarem denegrir o seu carácter, tem sido feito críticas, ou condenações, em termos políticos e ideológicos? Raramente! Na generalidade dos artigos, ou comentários, que são feitos à sua pessoa e às suas actividades, os seus difamadores convergem em considera-lo como "oportunista" e "populista, ao mesmo tempo que omitem, ou deturpam, as suas opiniões. Quanto aos adversários, situam-se em todos os partidos tradicionais, particularmente, naqueles que se auto identificam como de esquerda e na maioria dos jornalistas e comentadores políticos.



Poderia citar muitos comentários críticos e difamatórios, feitos nas redes sociais. Todavia, para facilidade de consulta, preferi escolher artigos publicados nos jornais, de autores da esquerda à direita. Francisco Louça, o ex dirigente político mais vezes derrotado, nos últimos anos, mas que continua a ser considerado um "teórico" da extrema esquerda, apenas conseguiu encontrar razão para criticar, no facto de, os "Verdes fecharem-lhe a porta, pelas suas pitorescas posições homofóbicas", depois de ter escrito na introdução "É sempre com estardalhaço que o populismo se dirige à plebe e Marinho e Pinto..." s.meu.(Público, 21 de Agosto). 
Certamente desconfiado, que tal crítica e algumas adulterações não tenha tido efeito, decidiu comparar o eurodeputado Barros Moura, com Marinho e Pinto, por causa deste não abandonar imediatamente o Parlamento Europeu. E...para vincar o seu ódio de estimação, Louça escreve: "Um (BM) representou a política como uma disputa de projectos, outro(MP) como uma carreira em que cada degrau despreza os que estão em baixo." Público 14 de Setembro.

Quanto ao PCP, embora mais comedido nas palavras, não deixa de afirmar, pelo seu líder parlamentar que, o novo partido de Marinho e Pinto,"Pode ser mais uma grande desilusão contra os portugueses. É o risco de dar mais importância às caras e aos nomes do que às ideias." Acrescentando mais à frente: "A experiência do que foi a sua eleição para o Parlamento Europeu e da forma como rapidamente se desfez das responsabilidades para as quais os portugueses o elegeram, e por aquilo que já veio dizer sobre o apoio ao PS ou ao PSD para um futuro governo...". D.N.14 de Setembro.Em síntese, nada de critica política ou ideológica, apenas deturpação das posições de M P e mais uma tentativa de denegrir o seu carácter, quando o PCP  substituí os seus deputados, como quem muda de camisa!

Relativamente ao PS, entendi escolher um artigo do Francisco Assis e, outro, de um jornalista que dizem ser próximo do partido. Como tenho consideração intelectual por Francisco Assis, devo dizer que fiquei surpreendido com o que escreveu no Público, do dia 4 de Setembro. Ao pretender esclarecer porque considera que há um recuo na política, a determinado ponto afirma: "O problema das nossas democracias por muito contra-intuitivo que isso possa parecer, não reside numa insuficiência de transparência, num excessivo distanciamento do interior dos mecanismos de representação, num défice de sufrágio e de fiscalização públicos. Essa é a conversa dos demagogos." E para que não ficasse dúvidas sobre o seu pensamento escreve: "Por estranho que possa parecer, o populismo primário de natureza anti-política que identifica alguma esquerda contemporânea constitui o melhor aliado de um capitalismo financeiro sem regras nem referências." Sempre subjacente a questão do populismo, ainda que não identifique os seus alvos, na primeira citação, o que ele nega que seja a realidade política, são alguns dos objectivos da luta de Marinho e Pinto e, inclusive, actualmente assumido por A.J.Seguro, porque não é mais possível esconder o divórcio dos eleitores ,com os eleitos!

Todavia, nada melhor para compreender as posições dos partidos, do que escutar ou ler comentadores ou jornalistas que lhe são próximos, porque estes assumem, o que os dirigentes partidários não consideram conveniente afirmar, num dado momento Nuno Saraiva, no DN de 13 de Setembro, assume uma das posições políticas mais duras que conheço, contra Marinho e Pinto. Logo no primeiro parágrafo escreve: "Marinho e Pinto é assim, um oportunista encartado." E porque é "oportunista"? Porque "...não hesita em usar de forma despudorada a demagogia e o populismo, para, através das suas intervenções públicas, criar um exército de descamisados que, porque frágeis e desesperados, se deixam cair no logro do verbo fácil da personagem." Em resumo, depois das provocações e de adulterar vários factos, apenas consegue demonstrar a divergência política sobre "a adoção ou coadoção por pessoas do mesmo sexo", que Marinho e Pinto critica!

Apesar do PSD e o CDS quererem passar indiferentes ao "furacão" Marinho, também não deixaram de perder votos nas eleições europeias e, por isso,também estão preocupados. Ainda antes do anúncio da criação do novo partido, numa conferência no Porto, perante as câmaras de televisão,Paulo Rangel, Eurodeputado do PSD, desferiu um duro ataque a Marinho e Pinto, acusando-o de "populista e demagogo", por andar continuamente a falar na luta contra a corrupção?!
 Numa tentativa de distanciamento "polido", José Manuel Fernandes, assumidamente do centro direita, quis nos dar "Uma tentativa de explicação de Marinho e Pinto." Assim, ficamos a saber, que o facto de ele não ser de Lisboa e não querer pertencer aos seus círculos, não respeita as conveniências destes. Mas...apesar de reconhecer que "o antigo bastonário diz alto verdades que outros apenas sussurram não faz dele um herói." porque é um "justicialista e populista", como afirma ao longo do texto. Divergências políticas? Nada é referido.

Deixei para o fim a exposição do pensamento de um homem da direita,Luís Rosa. No seu artigo no i, do dia 12 de Setembro, escolheu como título: "Marinho e Pinto, o oportunista." Apesar de não criticar qualquer ideia política, assumida por Marinho e Pinto, e adulterar um ou outro facto, a análise que faz constitui um grito de alarme e, objectivamente, um apelo à unidade dos portugueses contra o "inimigo  número 1 dos partidos tradicionais" pois, "um homem que se alimenta apenas do descontentamento do eleitorado não é só ameaça para os partidos tradicionais- é acima de tudo um perigo para os portugueses."

Conclusão: apesar de nenhum dos críticos conseguir apresentar qualquer prova, de que Marinho e Pinto não respeita e não defende o regime democrático, não deixam de o rotular de "justicialista", "demagogo", "oportunista", "populista" e de ser, acima de tudo, um "perigo para os portugueses." Se também já há políticos, comentadores e jornalistas, que afirmam que o regime democrático está decadente, senão mesmo em perigo, porquê esta campanha só contra Marinho e Pinto? Porque ele fala dos problemas das pessoas, porque utiliza a linguagem do povo para ser compreendido, porque apoia as lutas das comunidades do interior do país, porque denuncia a falta de transparência democrática, porque luta contra a corrupção e, o que é relevante, porque os interesses instalados receiam que ele possa ter uma votação expressiva, que condicione qualquer hipótese de maioria parlamentar, ou de formação de governo, sem que Marinho e Pinto tenha uma posição determinante!



domingo, 14 de setembro de 2014

MARINHO E PINTO ESTÁ A PROVOCAR UMA REVOLUÇÃO, NA CLASSE POLÍTICA E NOS PARTIDOS TRADICIONAIS, QUE ASSUSTA OS COMENTADORES E OS INSTALADOS NO REGIME!


Segunda parte:


PORQUÊ AS OPINIÕES E ACÇÃO DE MARINHO E PINTO, PROVOCOU O ACTUAL "TERRAMOTO" POLÍTICO? Em primeiro lugar, porque conhece os problemas das populações, defende parte das suas reivindicações, fala numa linguagem que o povo entende, é escutado e respeitado. Estes factos, provados pelos votos que obteve quase sem campanha eleitoral mediática, assustaram a Elite política, que não é escutada pelas pessoas porque fala em linguagem codificada e está completamente desacreditada.

Em segundo lugar, porque a actividade de Marinho e Pinto como jornalista, advogado e Presidente da Ordem dos Advogados, permitiu-lhe um profundo conhecimento de como funciona a máquina do Estado e dos labirintos por onde passam os interesses que levam à corrupção, que ele tem denunciado continuamente, com determinação. Também a sua luta, contra os interesses instalados no poder judicial, demonstrou a sua capacidade em enfrentar os poderosos, que o povo, incapacitado de o poder fazer, sente-se "vingado" e reconhece nele o porta voz dos injustiçados e marginalizados pelo poder. A sua última intervenção na abertura do ano judicial constitui, certamente, uma das mais belas e profundas peças de denuncia sobre o corporativismo e a corrupção na área da justiça, que os poderes instalados não se esquecem, nem perdoam!

Em terceiro lugar, as duas eleições que venceu para a Ordem dos Advogados, não só confirmou a sua capacidade de formar equipas e conquistar apoios, como a determinação de enfrentar os poderosos interesses instalados nas grandes Sociedades de Advogados que derrotou, exemplarmente, apesar dos apoios que estes tinham e tem, na comunicação social. A forma como desempenhou o seu mandato, apesar das tentativas de destituição que os seus adversários moveram, e a regular participação em programas televisivos, acabou por lhe dar popularidade em diferentes camadas da população e, acima de tudo, demonstrou que tinha fibra de LÍDER!

Em quarto lugar, tanto quanto é possível saber através de artigos, programas  e entrevistas, Marinho e Pinto preparou-se bem para a entrada em cena, na política. Sabendo, certamente, que os partidos são uma fachada, atrás da qual estão os poderes ocultos a controlar, particularmente as Maçonarias,  e que se entrasse num deles seria marginalizado ao fim de algum tempo, teve a coragem de recusar os convites, que alguns partidos lhe fizeram, para integrar listas e lugares importantes no aparelho do Estado. Ao mesmo tempo soube negociar com um partido pequeno, o MPT, a participação nas eleições ao Parlamento Europeu, como cabeça de lista, o que lhe permitia aproveitar a sua popularidade e provar a sua capacidade de liderança. Em suma, são todos os factos referidos que provocam preocupação e pânico na Elite política e nos seus comentadores, que os levou a desencadear uma campanha com as mais duras criticas, para tentar destruir o carácter e a personalidade de Marinho e Pinto. Mas...em termos políticos e ideológicos, o que provoca tais reacções? Procurarei responder nos capítulos seguintes.

MARINHO E PINTO ESTÁ A PROVOCAR UMA REVOLUÇÃO, NA CLASSE POLÍTICA E NOS PARTIDOS TRADICIONAIS, QUE ASSUSTA OS COMENTADORES E OS INSTALADOS NO REGIME!

Primeira parte:


MARINHO E PINTO ESTÁ A PROVOCAR UMA REVOLUÇÃO NA CLASSE POLÍTICA E NOS PARTIDOS POLÍTICOS TRADICIONAIS, QUE ASSUSTA OS COMENTADORES E OS INSTALADOS DO REGIME! Quando Marinho e Pinto anunciou que se iria candidatar às eleições para o Parlamento Europeu, logo surgiram críticas à sua atitude "oportunista", tentativas de colocar em dúvida o seu carácter e foram muitos os políticos e comentadores que o acusaram, de ser um "populista perigoso".

Porém, à medida que as sondagens apontavam para a sua possível eleição e a perda de Eurodeputados pelo PS e BE, as preocupações destes partidos aumentaram e tudo fizeram para que, a imprensa e as televisões, permitisse o mínimo tempo de antena a Marinho e Pinto. Simultâneamente, nas redes sociais, a campanha contra o Marinho e Pinto e o MPT subiu de tom na crítica e nas adulterações das posições políticas, antes assumidas pelo candidato.

Na noite das eleições, para surpresa dos distraídos e imensa alegria dos seus apoiantes, Marinho e Pinto e o MPT conseguiram uma vitória histórica, provocando o pânico e o desespero na classe política, particularmente no PS, BE e PCP, que tinham procurado denegrir a imagem do candidato, para impedir a sua eleição. O "furacão" Marinho foi tão violento, que levou o A. Costa a desencadear uma guerrilha política pela liderança do PS, que ainda não acabou e, ao mesmo tempo, estilhaçou o que ainda restava do BE,  preparando as condições para que os dirigentes voltem a caber num táxi! 

Como seria de prever, os Eurodeputados da "esquerda" moveram as suas influências, para que o MPT não entrasse no grupo dos ecologistas, obrigando Marinho e Pinto a integrar outro grupo no Parlamento Europeu, dando esperança aos seus adversários que ficaria, comodamente instalado, a desfrutar de uma alta  remuneração. Porem, confirmando o que já tinha afirmado antes das eleições, Marinho e Pinto decide dar entrevistas, para criticar a situação escandalosa das mordomias que os parlamentares beneficiam e, fundamentalmente, para afirmar que iria concorrer às próximas eleições para a Assembleia da República e, eventualmente, candidatar-se a Presidente da República. Este acontecimento teve o mérito de desencadear um pequeno "terramoto" político, nos interesses instalados!

Para concretizar o objectivo de preparar as condições para a candidatura ao Parlamento, terá iniciado conversações com o MPT, para saber se seria, novamente, candidato através desse partido, ou se teria que formar um novo. A informação de que as negociações teriam falhado e que Marinho e Pinto iria formar um novo partido, caíram como uma autentica bomba na elite dos partidos, em especial, no PS, BE e PCP. A reacção de alguns dirigentes partidários, dos comentadores oficiais e nas redes sociais,  foi de uma violência tal, que contraria todas as regras democráticas. Paralelamente e como consequência, foi anunciado a recolha de assinaturas, para a criação de dois novos partidos políticos! Porquê as opiniões e acção de Marinho e Pinto, provoca o actual "terramoto" político? Procurarei responder nos capítulos seguintes.


quarta-feira, 7 de maio de 2014

QUARENTA ANOS APÓS O 25 DE ABRIL, FORAM APRESENTADAS AS MAIS VARIADAS ANÁLISES HISTÓRICAS, POLÍTICAS E SOCIAIS, MAS NÃO SE ASSUMIRAM RESPONSABILIDADES!

Segunda parte:



Uma das frases mais repetidas nos últimos tempos, em abono da defesa do regime, é que temos a maior e melhor geração formada de sempre. Os dados estatísticos não permitem ter dúvidas quanto à quantidade porém, quanto à qualidade, são vários os autores que colocam reservas àquela afirmação. Admitindo que possa ser verdade, algo parece não bater certo. Como entender então, que nos quarenta anos de democracia, o país já tenha caído em banca rota três vezes? Serão sempre, e só, razões externas?

 Tendo em conta que após o 25 de Abril, todos os partidos "defendiam" o Socialismo, de uma maneira ou outra, o que transformou o Estado "generoso", perante as lutas da classe operária. Admitindo que a crise do petróleo de 1973 teve impacto negativo, mesmo após a revolução. Aceitando que o regresso de mais de meio milhão de portugueses, após a independência das colónias, também constituiu um "fardo financeiro" para o país, apesar da ajuda internacional que se recebeu, até se poderá admitir, como um facto compreensível e justificado, a vinda do FMI em 1977.

Quanto à crise de 1983/85 haverá, como sempre em Portugal, "justificações" para tudo mas, parece ser indiscutível, que já então se repetiu o que os Romanos diziam de nós: nem sabemos governar, nem deixamos que nos governem. Bom...mas ainda não tinham começado a chegar os "comboios de dinheiro" da CEE, para investir no ensino e, por isso, ainda não  tínhamos quadros "bem formados" e como havíamos perdido os mercados garantidos das colónias, fomos à falência...para manter a vida sumptuosa de uma Elite preguiçosa, que se recusa a organizar e odeia tudo o que se relaciona com o trabalho!

Seria plausível, que a conferência entre ex Presidentes da República e os debates entre os mais variados ex governantes, sempre com muita presença da Elite universitária, que no mínimo dessem aos portugueses uma explicação convincente, objectiva, do descalabro de 2011, que iremos continuar a pagar durante mais vinte anos. Nada de concreto foi afirmado. Se um criticava o passado, outro respondia sobre o presente. Quando alguém analisava o presente, respondiam-lhe que apenas interessava o futuro. Todavia, quase todos e sempre chegavam a um acordo: a culpa da crise em que vivemos é da Troika, dos países do Norte e, particularmente, de Merkel.

Primeira questão: Como é possível aceitar como verdadeira a afirmação, de que temos a geração mais bem formada de sempre, se não souberam impedir a crise que nos levou à banca rota? Como compreender que a "geração mais bem formada", não conseguisse reorganizar a indústria, a economia e os serviços e torna-la competitiva, após a adesão ao Euro, apesar de se ter "investido" mais de três mil milhões de Euros na formação profissional e na modernização das empresas? Isto para não referir o escândalo do negócio "mafioso" das universidades privadas, algumas encerradas, outras sem qualquer crédito universitário, tendo contribuído, principalmente, para dar emprego e promoção social, aos ex governantes e políticos, distribuir "canudos" aos amigos e criar um exército de licenciados sem os conhecimentos que o país precisa.

Segunda questão: Como foi possível receber tanto dinheiro da União Europeia, para modernizar o país e não se consiga fazer frente, à primeira crise financeira e de competitividade, para termos caído na banca rota? Por efeito de maus investimentos? Pelo desvio dos fundos para obras faraónicas?Pelo efeito da corrupção? A Elite que participou dos debates nada nos explicou. Todavia, os portugueses vão sabendo dia a dia o volume da corrupção, desde os bancos aos submarinos, passando pelas autarquias, etc. Também muitos cidadão sabem que a construção dos estádios de futebol, do Centro Cultural de Belém, da casa da música e da sede da Caixa Geral de Depósitos, entre outras, foram construções megalómanas, que arrasaram os cofres públicos. 

Dos investimentos...sabe-se que se construiu instalações para distribuição de água e tratamento de efluentes, para uma população de 40 milhões de pessoas. Edificou-se centenas de escolas, tribunais, pavilhões, piscinas, etc e hoje estão abandonados. E...que dizer do excesso de auto estradas hoje quase vazias, do metro do Porto e da margem sul, autênticos  cancros para os cofres da nação? Ninguém é culpado? 

A razão pela qual não discutiram a situação em que nos encontramos, é porque eles sabem que são os principais responsáveis e não o querem assumir. A quantidade de quadros dirigentes que vagueiam em tudo o que é organização do Estado, Forças Armadas e de Segurança, em Institutos Públicos, Observatórios, Fundações, Poder Autárquico Nacional, Regional e Local, Empresas Públicas e Municipais, constitui uma burocracia infernal, criou duplicações de organismos e funções e absorve, despudoradamente, grande parte dos impostos que os portugueses pagam e, ainda, dificultam a reorganização e desenvolvimento do país.

A chamada crise Portas, de Junho passado, representa o corolário da resistência à mudança e reforma do aparelho de Estado, no seu todo. A grande maioria das reformas, previstas no Memorando inicial da Troika, para reduzir substancialmente as despesas do Estado, foram sendo proteladas e substituídas por impostos, com o apoio explícito de todos os sindicatos e corporações e, silenciosamente, pelos poderes fácticos, ocultos. 

Quando muitos dos conferencistas até falaram em "crise de representatividade", sintomas de "degenerescência democrática" e provável "colapso do regime", porque não explicaram aos portugueses, a razão de nunca se ter feito a reforma administrativa e das funções do Estado, após décadas de promessas, criação de comissões e até nomeações de Ministros e Secretários de Estado com esse objectivo? Porque não querem assumir as suas responsabilidades e se consideram uma "casta" acima do comum dos portugueses.

A Democracia Portuguesa é cada vez mais formal. A representatividade dos partidos políticos, não chega a 40% dos eleitores. Os Órgãos do Estado tem credibilidade mínima. A corrupção está generalizada e atinge todos os  limites, parecendo não haver justiça no país. Em suma, o actual regime democrático está à beira do colapso. Porquê? Porque o Estado foi capturado pelo "Quartel Geral " dos interesses instalados: Maçonarias, Opus Dei, serviços e organizações secretas, discretas e afins. Enquanto não houver coragem para discutir os poderes fácticos, ocultos, e o controle que eles tem nos partidos políticos, não voltará a haver vida política partidária, representatividade eleitoral, participação política dos cidadãos e, consequentemente, verdadeiro Estado Democrático, de Direito e Pluralista.

Em Democracia todos os cidadãos tem direito a fundar ou participar em qualquer tipo de organização, desde que não defendam a luta violenta contra o regime. Nesta conformidade, nada teria contra as organização das Maçonarias, da Opus Dei, ou outras similares, desde que a sua actividade fosse pública, como acontece com a generalidade dos países ocidentais. Pelos estudos, reportagens e pela divulgação de listas por "infiltrados"(?) é possível conhecer cerca de três mil nomes pertencentes às  várias Lojas Maçonicas. 

Durante alguns anos era difícil compreender, porque determinados militantes dos partidos, eram sempre os escolhidos para os lugares de responsabilidade no partido, nas autarquias, no parlamento e para o governo. Também não se entendia, facilmente, a "mudança de cadeiras" nas empresas e institutos públicos, nos órgãos de comunicação social e até nas organizações desportivas de massas. Actualmente, tudo é mais fácil de compreender. As pessoas pertencentes às Maçonarias e Opus Dei ,controlam quase toda a sociedade portuguesa!




segunda-feira, 5 de maio de 2014

QUARENTA ANOS APÓS O 25 DE ABRIL, FORAM APRESENTADAS AS MAIS VARIADAS ANÁLISES HISTÓRICAS, POLÍTICAS E SOCIAIS, MAS NÃO SE ASSUMIRAM RESPONSABILIDADES!

Primeira parte:


Quarenta anos após o 25 de Abril, foram feitas as mais variadas análises históricas, políticas e sociais, mas não se assumiram responsabilidades. Poderei afirmar que li largas dezenas de artigos, centenas de comentários, muitas entrevistas, vi dezenas de programas nas televisões e ouvi várias entrevistas na RDP, sobre a revolução dos cravos, para poder tirar conclusões. Por essa razão, apenas escrevi alguns pequenos comentários, sobre opiniões que me provocaram revolta imediata.

Para evitar qualquer deturpação do meu pensamento reafirmo, que no plano político e social, o 25 de Abril foi o dia mais importante da minha vida. Como consequência da minha actividade política contra o regime fascista, fui obrigado a sair do país, como já descrevi no artigo "Comemorar o 25, de Abril num estado de frustração e revolta" , aqui publicado, em Abril de 2011.
Logo que regressei a Portugal recomecei de imediato a actividade sindical e política partidária, chegando a participar numa lista de candidatos à Assembleia Constituinte, "dando a cara" na Televisão, na defesa do 25 de Abril e da revolução.

Pelas razões expostas e porque tenho dedicado grande parte da minha vida, como cidadão, à actividade política e sindical, considero ter alguma  legitimidade para analisar a situação económica e social a que o país chegou, criticar os principais protagonistas e atribuir-lhe a responsabilidade, por termos comemorado os quarenta anos do 25 de Abril, sob tutela da Troika (e antes apenas do FMI) pela terceira vez!

 Seria expectável, com tanto tempo decorrido, com muitos dos protagonistas responsáveis em idade avançada e outros já desaparecidos, que a Elite, que nos tem governado ao longo de décadas, procura-se explicar porque somos um "povo ingovernável" e assumisse as respectivas responsabilidades. De tudo o que vi e li, apenas a intervenção de Ramalho Eanes, procurou dar uma resposta, ao mesmo tempo que condenou de forma, veemente, a actual realidade social.

Penso não ser exagero afirmar que, com excepção dos membros do Governo, quase todos os políticos, politólogos, comentadores e jornalistas criticam o executivo, contestam as suas medidas, "pintam" o país de negro, lamentam a situação dos pobres, condenam os cortes nas pensões douradas e nos vencimentos da função pública e, para "lavar a consciência", a Elite atribui a principal responsabilidade à Troika e a Merkel.

Durante meses, assistimos a uma poderosa campanha contra os cortes nas pensões douradas e os altos vencimentos na função pública protagonizada, em especial, por Mário Soares, Ferreira Leite, Bagão Félix, a Dirigente da APRE e Boaventura Sousa Santos, com apoio explícito dos partidos da oposição e a total cobertura e conivência das televisões e dos média em geral. Quais foram as sugestões ou propostas desta gente para superar a situação de banca rota? Defenderam a convergência das pensões e reformas, para diminuir as desigualdades gritantes confirmadas nas estatísticas? Não! Sugeriram que as reformas tivessem por base a carreira contributiva? Não! Admitiram que não era justo haver três tipos de pensionistas, tendo em conta a data da aposentação e os futuros pensionistas? Não! Condenaram os cortes, aceitavam mudanças para o futuro e propuseram aumentos de impostos ou a criação de novos, para manter as suas regalias, mentindo continuamente ao afirmarem que eram vítimas todos os pensionistas e reformados.

Paralelamente, os sindicatos tudo fizeram para impedir os cortes nos vencimentos mais altos da função pública, procurando "atrelar" os funcionários não atingidos. Foram feitas manifestações, concentrações, ocupações, abaixo assinados e apresentadas protecções cautelares contra o Governo, a Troika e Merkel. Aceitaram os horários de 40 horas iguais ao sector privado? Não! Propuseram a diminuição de horários e correspondentes vencimentos, para impedir mais desemprego? Não! Reconheceram a necessidade e a justiça de aproximação dos salários do sector privado com os vencimentos da função pública? Sim...para o futuro!

Ainda que a quase totalidade dos protagonistas, da luta contra a Troika, estejam ligados à função pública e ao sector público, não era apenas o corte de pensões ou vencimentos que os preocupava. As reformas previstas no Memorando para a reforma do Estado e a diminuição das rendas excessivas na energia, telecomunicações e derivadas das PPPs e SWOPS, preocupavam profundamente os altos Quadros. Aparentemente, no início até aceitavam reformas...desde que não fossem abrangidos. Porém, as campanhas públicas contra as reformas e as manobras subterrâneas dos interesses instalados, com a conivência do Portas, foram sendo proteladas e praticamente abandonadas após a saída de Victor Gaspar.

Após a crise política Portas, para impedir as reformas, recomeça a campanha com o objectivo de derrubar o governo para impedir o cumprimento do Memorando. Como o Congresso das "alternativas" e a promoção de Carvalho da Silva não gerou o movimento que eles esperavam, entra em cena Mário Soares com as assembleias na Reitoria, contando com a colaboração dos descontentes de PSD e do CDS. Todavia, a influência destes acontecimentos não despertavam a aderência das pessoas, das "massas", como se provou no recorde de abstenção nas eleições autárquicas e na diminuição contínua das participações em manifestações, ou outros eventos políticos.

É neste contexto que surge o manifesto dos 70, contando com os amigos de Louça, no plano internacional. Como o PCP pretende manter o monopólio da luta pela renegociação da dívida, demarcou-se do manifesto sem o condenar. Como consequência, os principais proponentes do Manifesto, como não sabem organizar as "massas" nem gostam muito de trabalhar, viraram-se para a Net e conseguiram cerca de 40000 assinaturas. Porém, passado algumas semanas, raramente as televisões ou as redes sociais abordam o tema porque, entretanto, novas eleições estavam à porta e, para a Elite, havia que monopolizar a reflexão, sobre os 40 anos após o 25 de Abril, para impedir que pessoas descomprometidas  com os interesses instalados, pudessem ter acesso aos média!







quinta-feira, 3 de abril de 2014

PACHECO PEREIRA QUER O RECONHECIMENTO DO SERVIÇO DE "TAMPÃO, ENTRE OS PROLETÁRIOS E OS MILIONÁRIOS"!




Pacheco Pereira com o seu artigo "o país que vivia vida de rico", no Público do dia 29 de Março, reafirma a sua oposição à austeridade e às reformas do Estado; continua a mistificar a realidade portuguesa, confundindo reformados e pensionistas e trabalhadores do sector público e privado, omitindo a percentagem dos que tem sido abrangidos pelos cortes; retoma o idealismo, ao sustentar que o país só sairá da crise, na base do restauro das benesses da classe média e, finalmente, reivindica o "pagamento" do serviço feito pela classe média, ao ter andado a servir de "tampão entre os proletários e os milionários" partindo de um equívoco sobre Bismarck e o seu tempo.

Desde que se tornou público, que a Troika só aprovará a última avaliação se, e quando, o governo definir e decidir os cortes permanentes nos funcionários públicos e pensionistas (que não devia constituir novidade para as pessoas minimamente informadas), que a "tropa de choque" dos interesses instalados não para de atacar o Governo, a Troika, os Alemães e, particularmente, a Chanceler Merkel. Todos os pretextos servem, em especial a publicação de estatísticas ou relatórios internacionais, que aproveitam apenas para salientar o que aparentemente favorece as suas teses.

Apesar de ser o FMI, a principal autoridade responsável na Troika, o relatório que publicou recentemente e onde se afirma que as medidas tomadas pelo governo diminuíram as desigualdades, logo tentaram contrapor um relatório da OCDE, publicado no início de 2012, ou seja, com dados até 2011, quando só depois começou a ser aplicado o Memorando. Porquê estas atitudes? Porque, sendo os sectores que capturam o Estado, os principais abrangidos pelos cortes (o que os revolta), não o querem assumir, explicitamente, para poderem afirmar que as medidas são contra todo o povo, na esperança de o trazerem para seu lado, isto é, procurarem "carne p`ra canhão" para a defesa das classes médias.

É neste contexto, que o papel de Pacheco Pereira tem sido relevante. como um dos principais porta voz dos interesses e poder das classes médias, como referi em anterior artigo "Será a Democracia Actual Compatível Com O Poder Das Classes Médias?", para o qual remeto os eventuais leitores, até pelo facto de ele assumir posições, que lhe atribuí nesse artigo, que tanto quanto julgo saber, nenhum  ex ml assumiu explicitamente.

Partindo de um debate "corporativo" de Victor Bento (é interessante que PP só refira os economistas como corporativos e não os professores de outras áreas do conhecimento), em que aquele afirmou que "o país empobreceu menos do que parece. O país já era pobre, vivia era vida de rico", Pacheco Pereira procura por todos os meios e argumentos, demonstrar que não se viveu acima das possibilidades, o que não vou discutir agora, até porque aceito os estudos de Paulo Morais, que afirma, que 15% da dívida privada é derivada da "vida de rico". O que pretendo analisar, são as afirmações contidas no artigo, onde analisa, o que não pode ser considerado "vida de Rico", que passo a citar:

"Ou seja, fazer parte da primeira geração em Portugal que já não tem memória directa da enorme pobreza rural que seus pais e avós ainda conheceram, que beneficiou do elevador social que foi a educação e o Estado (sim o Estado que, em todos os países democráticos, tem essa função de criar uma classe média...nem que seja para servir de tampão entre os proletários e os milionários. Perguntem ao Bismarck.) e que representa ...a única, débil e, pelos vistos, precária modernização de Portugal." Para que não houvesse dúvidas, sociológicas, acerca desta "primeira geração", Pacheco Pereira afirma tratar-se da "pequena burguesia europeia, a chamada classe média baixa".

A parte que sublinhei, da citação do artigo do Pacheco Pereira, constitui o mais claro reconhecimento de que, ele e outros pequenos burgueses, andaram a servir-se da classe operária e de outros trabalhadores, traindo e sabotando as suas lutas e emancipação, para poderem concretizar os seus desejos de promoção social, auto promovendo-se a uma pretensa elite de esquerda e progressista, para servir da "tampão" entre "os proletários e os milionários". Representa tal afirmação algo de novo na História do movimento operário? Não! O que é relevante, é ter sido feita por um ex dirigente de uma organização comunista e de se ter transformado num dos intelectuais mais respeitados, particularmente, no campo da Historia do movimento operário, do comunismo e de Álvaro Cunhal. Aliás, eu tinha escrito no meu artigo "Será a Democracia Actual..." que as classes médias "ficaram sem programa susceptível de continuar a ser os intermediários, entre o capital e o trabalho".

Apetece dizer, que Álvaro Cunhal se vingou. PP estudou tanto a obra de Cunhal, que acabou por reconhecer, que a tese sobre " O Radicalismo Pequeno Burguês de Fachada Socialista" era objectiva e se aplicava a si próprio! O facto do proletariado ter perdido o seu "papel histórico", ou o protagonismo que tinha (derivado de ser a classe social mais numerosa e as funções de domínio nas fábricas, lhe dava) e o socialismo ter sido derrotado, não retira relevância às afirmações de Pacheco Pereira. Uma das principais razões porque a desigualdade económica e social, dentro do mundo do trabalho, é tão grande em Portugal, deve-se à sabotagem da criação de sindicatos operários, para o qual contribuíram decisivamente os "dirigentes pequenos burgueses", que controlavam todas as organizações, à "esquerda" do PCP.

Bom, dirão, isto são "hestórias" que já não interessa a ninguém, não é verdade. A luta que as chamadas classes médias,  travam hoje em Portugal, é a continuação da tentativa de servir de tampão, entre o capital e o trabalho. Todavia, Pacheco Pereira está equivocado. Bismarck, ao criar o que se poderá chamar, como alicerces da assistência social, tinha  "razão" para o fazer. Nesse período Histórico, a Social Democracia era muita atractiva para os operários e, por isso, Bismarck para impedir ou desviar a sua adesão, deu algumas garantias sociais. Essa atracção hoje já não existe.Após a vitória da Revolução Bolchevique, o capital organizou e fomentou, todo o tipo de organizações  "revolucionárias" e "comunistas", compostas por estudantes, intelectuais e pequeno burgueses, para se constituírem como alternativa aos partidos comunistas, então existentes, e sabotar a sua luta.

Depois da segunda guerra, até à queda do "Muro de Berlim", vários países europeus encetaram grandes reformas sociais e laborais, que permitiram construir o Estado Social, no qual os partidos sociais democratas tiveram um papel relevante. Em síntese, o capital permitiu, ou fomentou, o florescimento do que hoje se chama as classes médias e a sua participação no poder, para fazerem de "tampão" ao proletariado e a uma eventual revolução. Pois...mas com a derrota do socialismo e o fim do "papão" do comunismo, o capital financeiro ficou livre de investir em qualquer lado sem receio, o neoliberalismo passou a dominar o mundo através da globalização, deixou de precisar de "tampões" entre o capital e o trabalho e tudo tem feito para proletarizar as chamadas classes médias!

Não tenho qualquer dúvida, de que também Pacheco Pereira analisa e interpreta o mundo actual como acabei de expor. Todavia, como se sente atingido nos seus interesses e "estatuto", tem lutado de forma obstinada contra as reformas do Estado, contra os cortes nos vencimentos e pensões. O seu desespero é tanto, que o leva a subscrever um Manifesto com pessoas da extrema "esquerda" à extrema direita, que não tendo conseguido sair do Euro (para fazer pagar "os de baixo" com inflação e desvalorização da moeda), querem renegociar a dívida, protelando o seu pagamento para os nossos netos, na vã esperança que os credores possam perdoar uma parte substancial, ou o BCE aprove a mutualização das dívidas soberanas.

Eu até "compreendo" que as chamadas classes médias queiram continuar a ter o "elevador social da educação e do Estado". O que não aceito, politicamente, é que seja mantido à custa do mundo do trabalho manual e mal remunerado. Apetece dizer, já que tem vivido muito bem a servir de tampão, é tempo de experimentar a proletarização! "Uma classe média que puxe para cima", já nos levou à banca rota, além das desigualdades sociais que criou e, por isso, não pode ser solução!






segunda-feira, 24 de fevereiro de 2014

O CIRCO POLÍTICO MEDIÁTICO CONTINUA, ENQUANTO OS GRANDES INTERESSES INSTALADOS SE MANTÉM!




Os portugueses tem assistido, nas últimas semanas, a um autêntico circo político mediático, enquanto os grandes interesses instalados se mantém. Da parte do Governo o espectáculo foi constante, através da sobre valorização de alguns dados positivos da sua governação, ao mesmo tempo que omite o não cumprimento das principais reformas do Estado, previstas no Memorando.

 A imagem transmitida, pelo Vice Primeiro Ministro, chega a ser deprimente quando afirma que, tudo foi feito para uma "saída limpa" e a Troika abandonar o país em Maio, sabendo que os condicionalismos terão que continuar, quando Victor Gaspar vem afirmar (confirmar) que os interesses instalados são poderosos, o que recomendaria a negociação de um Plano Cautelar.

 Do lado das oposições, o PS há uma continua desvalorização e até negação dos indícios de recuperação económica e do emprego e, simultâneamente, fazendo um espectáculo de falsas promessas de repor tudo o que o Governo corta ou reforma, tribunais, freguesias e pensões, o que apenas revela irresponsabilidade de quem quer ser governo.

 Quanto ao PCP e BE, continuam a condenar qualquer medida ou reforma e a tentar vender ilusões, ao mesmo tempo que as greves e manifestações diminuíram e a participação nelas ainda mais, restando-lhe o protesto nas deslocações dos membros do governo e da "ocupação" dos organismos públicos, como a Assembleia da República.

Mas o circo mediático, não é apenas entre  Governo e oposição. A nível autárquico ainda é mais deprimente, como analisarei em próximo artigo.