quarta-feira, 16 de junho de 2010
Autarquias, Coligações e Presidencialismo.
domingo, 16 de maio de 2010
Saldanha Sanches: De intrépido revolucionário, a convatente corajoso contra a corrupção!
terça-feira, 11 de maio de 2010
CRITICA AO RELATIVISMO OU TENTATIVA DE REGRESSO AO PASSADO?
Também há poucos dias, Pacheco Pereira, veio defender a critica ao relativismo através da identificação com as posições de Bento XVI.
Em Dezembro passado, na época do Natal, o Cardeal Patriarca de Lisboa, ao mesmo tempo que valorizou a tolerância entre as várias religiões, desencadeou um ataque à sociedade materialista e aos ateus.
Poderia continuar a fazer referências a outras intervenções recentes, em particular a esta já de Junho, de mais um Pr. Doutor, chamado Carlos Santos.
sábado, 17 de abril de 2010
O TARRAFAL E OUTAS MEMÓRIAS
segunda-feira, 15 de março de 2010
PENSAR É PERIGOSO...
Pensar em Portugal e sobre Portugal é muito perigoso, afirmou o Prof. José Gil, no jornal da 21h da SIC . Esta afirmação, merece profunda reflexão, tendo em consideração que há quem afirme:
Para os preguiçosos, pensar...cansa. Os que querem estar sempre com os vencedores, nunca é oportuno pensar. Muitos que sabem pensar...pensam apenas em si. Outros, que pensam...admitem que ninguém os quer ouvir ou ler o que escrevem e, por isso, não expressam publicamente as suas opiniões. Depois, há os que pensam em todas as formas e métodos, para que a generalidade das pessoas não pensem. Finalmente, há as organizações religiosas (cada vez em maior número ), que afirmam, ensinam, que " Deus " decide tudo, que a vida de cada um está definida, havendo que aceita-la ,resignadamente, sem pensar.
Entretanto, Portugal, continua a distanciar-se dos países mais avançados da Europa, o desenvolvimento económico e social, continua emperrado e, apesar de termos recebido tantos fundos da U.E. , as desigualdades sociais, entre os portugueses, aumentaram nas ultimas décadas.
sábado, 6 de março de 2010
Antes, ainda, da queda do Muro de Berlim, através de artigos publicados e de debates muito polémicos, tinha concluído que o "socialismo real" , nas suas quatro versões ( Soviético, Chinês, Albanês e Terceiro mundista ) tinha perdido a batalha contra o capitalismo. Tal conclusão, foi fruto de muitos anos ligados a prática politica e sindical e, em particular, ao conhecimento que tinha desses países, apesar de nunca os ter visitado.
Posteriormente,após estudo profundo e variado, sobre as causas do declínio do socialismo e, muita reflexão sobre eventuais alternativas, tirei as minhas ilações e assumi, conscientemente, as respectivas consequências: passei a defender a social democracia (socialismo democrático ) e filiei-me no Partido Socialista.
Esta atitude, muito criticada, significou a minha vontade de continuar a lutar pelo desenvolvimento do nosso país, pela igualdade de oportunidades, pela diminuição das desigualdades sociais e, particularmente, pelo progresso social do mundo do trabalho, embora, por outros métodos políticos e princípios ideológicos diferentes.
Como operário consciente e esclarecido que era, não poderia ter ficado indiferente ás revelações, nos anos 70/80, sobre a verdadeira história da União Soviética, às mudanças na China com Teng Siao Ping, à decadência de Henver Hodja, em paralelo com as conquistas que o mundo do trabalho tinha conseguido na Europa Ocidental e na América,isto é, no mundo capitalista.
Tinha no entanto a percepção, como então escrevi, que a queda da União Soviética iria prejudicar os trabalhadores na Europa, por paradoxal que pudesse parecer. A "guerra fria" , ou, por palavras mais compreensiveis, a luta entre o capitalismo, puro e duro, e o capitalismo de estado, reinante no " socialismo real", aquele, tinha permitido, se não mesmo fomentado, muitas conquistas económicas e sociais para os trabalhadores, com o objectivo de os afastar do " socialismo " e do "comunismo". Com a derrota da União Soviética e a transformação da China " um regime, dois sistemas " o " gato, preto ou branco ", assim como os " tigres da sibéria " deixariam de assustar e, como consequência, o capital poderia voltar ao passado através de neoliberalismo.
Todos os factos, por mais objectivos que sejam, permitem sempre várias interpretações. A idade, e o estudo contínuo da sociedade, em particular, o estudo do Direito que fiz nos últimos anos, obriga-me, hoje, a respeitar mais as convicções diferentes das minhas. Também, porque as origens dos acontecimentos, e a percepção dos mesmos, podem ser variadas e, consequentemente, permitir opiniões diferentes , procuro ser mais objectivo nas analises, antes de criticar outras orientações políticas ou opções ideológicas, mas não desisto de defender o que em cada momento considero ser relevante na política portuguesa.
É minha convicção, que o mundo global actual, é totalmente dirigido, dominado, pelo capitalismo financeiro. É minha opinião, que a ideologia da globalização é o neo-liberalismo. Parece não haver muita dúvida, que ainda existem alguns países, que procuram resistir ao neoliberalismo, contrapondo o capitalismo de estado, ainda que diferente, do que existia na antiga União soviética. Todavia, o que parece inquestionável, é que não há ilhas de " socialismo " em parte alguma do mundo, apenas um ou outro regime político mais progressista no plano social.
Todos estes considerandos, têm o propósito de justificar a seguinte conclusão: vivemos num mundo global capitalista, o neoliberalismo é predominante e tende a alargar e consolidar o seu domínio. Este é o mundo novo desde os fins dos anos noventa, que transforma em velhos, os pensadores que não reconhecem tal facto.
O " homem novo " do socialismo e o "mundo velho" capitalista, já passou à história,
levando consigo os seus respectivos protagonistas.
Estes factos, ou a convicção que tenho deles, implicam duas opções:
Uma, não é possível discutir, o aperfeiçoamento do sistema democrático com objectivos progressistas, com os partidos e organizações que ainda vivem com a ideia ( apesar da ruína das convicções ) que o velho mundo subsiste e, por demagogia e sobre vivência, querem continuar a lutar contra e à margem do actual sistema.
Outra, as reformas necessárias e urgentes do sistema politico, obriga os partidos democráticos a respeitar as normas da democracia e os princípios do Estado de direito, estabelecidas na Constituição e nas Leis emanadas da Assembleia da República. A direita deve abdicar da guerrilha permanente sobre os poderes legítimos das autoridades da República, pois, apenas parece significar não reforma do sistema, mas a aniquilação do mesmo.
Nos últimos tempos, através do que me é possível ouvir, ler e ver nos média, estou a ficar persuadido que algo de muito errado e grave está a acontecer com os partidos democráticos no nosso país. Critica-se quase tudo e todos, sem propostas alternativas.Condenam-se presumíveis arguidos sem provas, questionando a isenção dos tribunais e o valor das leis e da justiça quando não lhe são favoráveis. Os partidos da oposição ao governo e as organizações de direita que os apoiam e/ou subsidiam, parecem querer retomar o poder a qualquer preço e à margem do processo democrático, sem respeitar os resultados eleitorais e as decisões legitimas do Governo.
Paralelamente a tudo isto, o povo interessa-se cada vez menos pela política e condena os políticos em geral, os partidos da dita "esquerda ",anti sistema, vão ganhando alguns apoios e eventuais votos na contestação às medidas anti crise, enquanto, ganha cada vez mais contornos, um ataque de alguma direita contra o actual sistema democrático. afirmando mesmo, que " há indícios do fim do actual regime democrático".
Quero acreditar que, sem ser formado em História, conheço o suficiente da História da I República, para constatar que há actualmente vários factos que configuram uma espécie de situação análoga ou próxima do fim da república. É preciso ser objectivo, não considerando meros indícios como factos.Um facto, é que temos o "seguro de vida " por pertencer-mos à União Europeia. No entanto, tenho a opinião que o tempo urge para fazer face à actual situação política, económica e social dentro do sistema.
Estamos no tempo e ainda muito a tempo de discutir e realizar as reformas necessárias. Os que não têm dúvidas de que o sistema é imperfeito, mas que tem a consciência que a história ainda não criou outro melhor, tem o dever de desenvolver todos os esforços para a realização de um verdadeiro debate de ideias e opções a tomar para sairmos desta situação já um pouco pantanosa.
Parece oportuno lembrar, que se deve tirar as consequências do silêncio da Igreja. Manter a discussão só nos altos dignitários, sem reconhecer os erros, os crimes e a obrigação de indemnizar as vitimas, só agravou o problema e o descrédito. Não será também tempo de discutir " fora de muros", com todos os interessados, e não apenas com os frequentadores das " lojas" e outras organizações afins, antes que o sistema jurídico e judicial fiquem eventualmente submergidos por mais ondas de contestação? Penso que é urgente...
Todos temos o direito e o dever de participar. O conhecimento, está necessariamente disperso por muitas organizações. Todavia, são os partidos políticos que têm a principal responsabilidade de discutir os problemas e apresentar soluções. Como membro do Partido Socialista, defendo esse debate tão alargado quanto possível, ainda que seja necessário fazer a discussão em sessões abertas a todos os militantes interessados.
quarta-feira, 24 de fevereiro de 2010
Discussão prioritária: As questões que dependem apenas de nós..
Em 26/2, parece reforçar o mesmo pensamento, ao abordar a falta de um plano europeu para ataque à crise, para todos os países da U.E. Ainda que voltando a equacionar a solução dos nossos problemas dentro do contexto europeu, não deixa de realçar que Portugal não é apenas um país europeu , valorizando o facto de pertencer-mos à CPLP, à comunidade Ibero-Americana e termos uma posição geoestratégica.
No programa da RTP, prós e contras, Almeida Santos, numa espécie de síntese final do debate, que fez a propósito ou a pretexto do seu último livro sobre a globalização, também alertou, para a necessidade de se discutir os problemas económicos e sociais de Portugal. Todavia, defende que as questões só poderão ser discutidos no contexto europeu e mundial, isto é, tendo em consideração a globalização.
O respeito e consideração que tenho, há muito tempo, pelas opiniões políticas de Mário Soares e Almeida Santos, em particular, na defesa da integração de Portugal na U.E., não me impede que faça algumas considerações sobre os artigos e exposição, apesar de os subscrever nos seus aspectos fundamentais. Esta reflexão, justifica-se, na medida em que Mário Soares também clama pela discussão dos verdadeiros problemas nacionais, apesar de afirmar, que temos elites competentes que, certamente, os estarão a estudar.
Primeira, será que Mário Soares ao dar relevância às possíveis alianças económicas e políticas, em particular, com os países de expressão da língua portuguesa, indicia já alguma desilusão em relação à nossa plena integração na União Europeia? Não poderá significar, tal hipótese, uma desistência de integrar a economia portuguesa nas economias desenvolvidas, fugir para mercados menos competitivos e deixar para as " calendas gregas" a modernização das infraestruturas económicas e sociais portuguesa, o que constituiria uma ajuda ,objectiva, aos " Velhos de Restelo"?
Terceira, sendo ambos, M.S. e A.S., homens com responsabilidade e grande influência no Partido Socialista, não reconhecerão, que também o partido não faz essa discussão? Será apenas problema das outras organizações políticas, empresariais, sociais e sindicais? Ou estamos perante o total domínio da política pelo poder financeiro, que define e decide das políticas a seguir, por intermédio de órgãos secretos, discretos, informais e outros,independente dos governos que vamos tendo?
Como compreender, que com tantos seminários, debates e colóquios , promovidos pelos mais variados organismos públicos e privados, onde por vezes coincidem nos diagnósticos da situação de atraso em que nos encontramos, não conseguimos avançar ,substancialmente, na via do desenvolvimento e progresso social? Há falta de elites para a modernização do país, ou,antes, há convergência das " elites" para manter o fundamental, porque, apesar de algumas mudanças, esses actores são os principais beneficiários do sistema anquilosado, conservador, por vezes, até retrogrado?
Conclusão: ou não se têm discutido o essencial dos problemas, ou é preciso mudar de actores e interpretes, ou é preciso mudar de local das discussões. Tendo em conta os resultados ,até hoje obtidos, parece ser necessário mudar tudo.
É fundamental, que a política volte a governar e a dirigir o país. É indispensável, que os partidos abordem publicamente, as questões políticas e os problemas a resolver.É necessário, que as pessoas e as organizações discutam, abertamente ,as soluções possíveis. Será relevante, que o povo vote com mais consciência dos problemas e das alternativas apresentadas. A solução dos problemas que só dependem de nós, devem ser os portugueses a equacionar e resolver! Não será a U.E. que os virá superar. Ou será?
terça-feira, 16 de fevereiro de 2010
A OBRA PRIMA...FOI RECUSADA PELO POVO!
Sempre apreciei a sua capacidade de argumentação, por ser densa e profunda. Elogiava a sua " rebeldia" ,quando criticava o seu próprio partido, ou apenas se distanciava dos lideres do momento. Há muitos anos, que o considero um dos intelectuais portugueses, mais bem preparado para abordar situações políticas e questões ideológicas.
As suas opiniões e opções , quase sempre bem explicitadas e justificadas, obrigava-me a reflectir pois, apesar da admiração pelo seu trabalho, estamos à muitos anos com posições políticas e partidárias diferentes.
Estas considerações, que acabo de fazer, servem para realçar e compreenderem a minha estupefacção, pelo comportamento político do Pacheco Pereira, nos últimos tempos.
Já tinha lido alguns comentários seus, a " condenar"o Sócrates, feitos apenas na base de meras suposições. Algumas vezes , na "quadratura...", tentou impor-se, autoritáriamente, procurando limitar as argumentações do António Costa. Mas, no seu último programa pessoal, na SIC, que apenas vi no dia 16/2, ultrapassou todos os limites!
O pretenso plano de Sócrates para " limitar a liberdade de imprensa " , revelou uma faceta sectária de Pacheco Pereira, que desconhecia. Está obstinado em atacar o Sócrates de qualquer maneira e por qualquer método. Naquele programa, passado no dia 16/2, ultrapassou os limites de admissível, nas comparações que fez.
domingo, 14 de fevereiro de 2010
A Globalização, a União Europeia , Portugal.
Passado estes meses, é minha opinião que pouco ou nada mudou. Continuar com ilusões de que a globalização neoliberal não vai continuar, em nada contribui para para pensar com objectividade nos problemas que nos afectam.
Sou um defensor convicto da União Europeia mas não um neoliberal. Todavia, pensar assim, não me impede de reconhecer que também a política da U.E.,como parte do mundo globalizado, é actualmente orientada pelo neoliberalismo.
Portugal é parte integrante da U.E.como consequência, também o nosso país não pode deixar de ser condicionado, senão obrigado, a ter uma orientação neoliberal, qualquer que seja o nome que queiram dar às políticas actuais.
Perante estes factos evidentes, direi quase indiscutiveis, penso que é tempo dos portugueses, uns com conhecimento nos vários ramos do saber, outros com a experiência do mundo empresarial, juntamente com os políticos , se encontrarem para analisar, discutir e procurar resolver a situação económica em que nos encontramos, como resultado da globalização e dos acordos da O.M.C.
É absolutamente necessário e urgente, saber o que os portugueses podem e devem fazer no contexto da U.E. e do mundo. Não se trata de discutir, como melhor concretizar as mudanças que decorrem dos nossos direitos e deveres como membros da U.E. O que se deve reflectir, com o máximo de objectividade e profundidade,é o caminho a seguir, a estratégia a adoptar, sobre o que depende, exclusivamente, de nós.
Não podemos continuar a justificar os nossos problemas, como o resultado da nossa integração na U.E. , da globalização e do neoliberalismo. O mundo não muda continuamente. Temos o dever de nos saber enquadrar no mundo global, de descobrir as nossas potencialidades, definir uma estratégia económica que as valorize e contribua para desenvolver o país.
Já não é mais suportável, aceitar dos vários partidos políticos, posições antagónicas sobre a economia e desenvolvimento do país, conforme estão no governo ou na oposição. De nada serve acusar este governo, ou outro, pelo aumento do desemprego, quando nada de propõe como se pode criar empresas e postos de trabalho, empresas competitivas para exportar.
São este tipo de questões que urge discutir no país e não como parece começar a ser predominante´, voltar ao "passado" através de novas alianças baseadas na língua comum. Mas...este tema, será abordado em próxima reflexão,tendo como suporte o artigo de Mário Soares no DN.
quinta-feira, 11 de fevereiro de 2010
Crítica polítca ou tentativa de assassinato...político?
Deve referir-se também, que a direita não está só, a dita "esquerda" da esquerda, tem dado o seu contributo de que o caso da madeira constitui exemplo paradigmático!