terça-feira, 16 de setembro de 2014

MARINHO E PINTO ESTÁ A PROVOCAR UMA REVOLUÇÃO, NA CLASSE POLÍTICA E NOS PARTIDOS TRADICIONAIS, QUE ASSUSTA OS COMENTADORES E OS INSTALADOS NO REGIME!


Terceira parte:


Será que na campanha negra contra Marinho e Pinto, além de deturparem as suas ideias, adulterem factos públicos, atacarem a sua personalidade e tentarem denegrir o seu carácter, tem sido feito críticas, ou condenações, em termos políticos e ideológicos? Raramente! Na generalidade dos artigos, ou comentários, que são feitos à sua pessoa e às suas actividades, os seus difamadores convergem em considera-lo como "oportunista" e "populista, ao mesmo tempo que omitem, ou deturpam, as suas opiniões. Quanto aos adversários, situam-se em todos os partidos tradicionais, particularmente, naqueles que se auto identificam como de esquerda e na maioria dos jornalistas e comentadores políticos.



Poderia citar muitos comentários críticos e difamatórios, feitos nas redes sociais. Todavia, para facilidade de consulta, preferi escolher artigos publicados nos jornais, de autores da esquerda à direita. Francisco Louça, o ex dirigente político mais vezes derrotado, nos últimos anos, mas que continua a ser considerado um "teórico" da extrema esquerda, apenas conseguiu encontrar razão para criticar, no facto de, os "Verdes fecharem-lhe a porta, pelas suas pitorescas posições homofóbicas", depois de ter escrito na introdução "É sempre com estardalhaço que o populismo se dirige à plebe e Marinho e Pinto..." s.meu.(Público, 21 de Agosto). 
Certamente desconfiado, que tal crítica e algumas adulterações não tenha tido efeito, decidiu comparar o eurodeputado Barros Moura, com Marinho e Pinto, por causa deste não abandonar imediatamente o Parlamento Europeu. E...para vincar o seu ódio de estimação, Louça escreve: "Um (BM) representou a política como uma disputa de projectos, outro(MP) como uma carreira em que cada degrau despreza os que estão em baixo." Público 14 de Setembro.

Quanto ao PCP, embora mais comedido nas palavras, não deixa de afirmar, pelo seu líder parlamentar que, o novo partido de Marinho e Pinto,"Pode ser mais uma grande desilusão contra os portugueses. É o risco de dar mais importância às caras e aos nomes do que às ideias." Acrescentando mais à frente: "A experiência do que foi a sua eleição para o Parlamento Europeu e da forma como rapidamente se desfez das responsabilidades para as quais os portugueses o elegeram, e por aquilo que já veio dizer sobre o apoio ao PS ou ao PSD para um futuro governo...". D.N.14 de Setembro.Em síntese, nada de critica política ou ideológica, apenas deturpação das posições de M P e mais uma tentativa de denegrir o seu carácter, quando o PCP  substituí os seus deputados, como quem muda de camisa!

Relativamente ao PS, entendi escolher um artigo do Francisco Assis e, outro, de um jornalista que dizem ser próximo do partido. Como tenho consideração intelectual por Francisco Assis, devo dizer que fiquei surpreendido com o que escreveu no Público, do dia 4 de Setembro. Ao pretender esclarecer porque considera que há um recuo na política, a determinado ponto afirma: "O problema das nossas democracias por muito contra-intuitivo que isso possa parecer, não reside numa insuficiência de transparência, num excessivo distanciamento do interior dos mecanismos de representação, num défice de sufrágio e de fiscalização públicos. Essa é a conversa dos demagogos." E para que não ficasse dúvidas sobre o seu pensamento escreve: "Por estranho que possa parecer, o populismo primário de natureza anti-política que identifica alguma esquerda contemporânea constitui o melhor aliado de um capitalismo financeiro sem regras nem referências." Sempre subjacente a questão do populismo, ainda que não identifique os seus alvos, na primeira citação, o que ele nega que seja a realidade política, são alguns dos objectivos da luta de Marinho e Pinto e, inclusive, actualmente assumido por A.J.Seguro, porque não é mais possível esconder o divórcio dos eleitores ,com os eleitos!

Todavia, nada melhor para compreender as posições dos partidos, do que escutar ou ler comentadores ou jornalistas que lhe são próximos, porque estes assumem, o que os dirigentes partidários não consideram conveniente afirmar, num dado momento Nuno Saraiva, no DN de 13 de Setembro, assume uma das posições políticas mais duras que conheço, contra Marinho e Pinto. Logo no primeiro parágrafo escreve: "Marinho e Pinto é assim, um oportunista encartado." E porque é "oportunista"? Porque "...não hesita em usar de forma despudorada a demagogia e o populismo, para, através das suas intervenções públicas, criar um exército de descamisados que, porque frágeis e desesperados, se deixam cair no logro do verbo fácil da personagem." Em resumo, depois das provocações e de adulterar vários factos, apenas consegue demonstrar a divergência política sobre "a adoção ou coadoção por pessoas do mesmo sexo", que Marinho e Pinto critica!

Apesar do PSD e o CDS quererem passar indiferentes ao "furacão" Marinho, também não deixaram de perder votos nas eleições europeias e, por isso,também estão preocupados. Ainda antes do anúncio da criação do novo partido, numa conferência no Porto, perante as câmaras de televisão,Paulo Rangel, Eurodeputado do PSD, desferiu um duro ataque a Marinho e Pinto, acusando-o de "populista e demagogo", por andar continuamente a falar na luta contra a corrupção?!
 Numa tentativa de distanciamento "polido", José Manuel Fernandes, assumidamente do centro direita, quis nos dar "Uma tentativa de explicação de Marinho e Pinto." Assim, ficamos a saber, que o facto de ele não ser de Lisboa e não querer pertencer aos seus círculos, não respeita as conveniências destes. Mas...apesar de reconhecer que "o antigo bastonário diz alto verdades que outros apenas sussurram não faz dele um herói." porque é um "justicialista e populista", como afirma ao longo do texto. Divergências políticas? Nada é referido.

Deixei para o fim a exposição do pensamento de um homem da direita,Luís Rosa. No seu artigo no i, do dia 12 de Setembro, escolheu como título: "Marinho e Pinto, o oportunista." Apesar de não criticar qualquer ideia política, assumida por Marinho e Pinto, e adulterar um ou outro facto, a análise que faz constitui um grito de alarme e, objectivamente, um apelo à unidade dos portugueses contra o "inimigo  número 1 dos partidos tradicionais" pois, "um homem que se alimenta apenas do descontentamento do eleitorado não é só ameaça para os partidos tradicionais- é acima de tudo um perigo para os portugueses."

Conclusão: apesar de nenhum dos críticos conseguir apresentar qualquer prova, de que Marinho e Pinto não respeita e não defende o regime democrático, não deixam de o rotular de "justicialista", "demagogo", "oportunista", "populista" e de ser, acima de tudo, um "perigo para os portugueses." Se também já há políticos, comentadores e jornalistas, que afirmam que o regime democrático está decadente, senão mesmo em perigo, porquê esta campanha só contra Marinho e Pinto? Porque ele fala dos problemas das pessoas, porque utiliza a linguagem do povo para ser compreendido, porque apoia as lutas das comunidades do interior do país, porque denuncia a falta de transparência democrática, porque luta contra a corrupção e, o que é relevante, porque os interesses instalados receiam que ele possa ter uma votação expressiva, que condicione qualquer hipótese de maioria parlamentar, ou de formação de governo, sem que Marinho e Pinto tenha uma posição determinante!



Sem comentários:

Enviar um comentário