domingo, 14 de fevereiro de 2010

A Globalização, a União Europeia , Portugal.

Quando a actual crise financeira se tornou evidente e, particularmente, nos meses que se seguiram, várias personalidades do mundo da política afirmaram: é tempo de a Política e os Políticos, voltarem a dirigir o Mundo!

Passado estes meses, é minha opinião que pouco ou nada mudou. Continuar com ilusões de que a globalização neoliberal não vai continuar, em nada contribui para para pensar com objectividade nos problemas que nos afectam.

Sou um defensor convicto da União Europeia mas não um neoliberal. Todavia, pensar assim, não me impede de reconhecer que também a política da U.E.,como parte do mundo globalizado, é actualmente orientada pelo neoliberalismo.

Portugal é parte integrante da U.E.como consequência, também o nosso país não pode deixar de ser condicionado, senão obrigado, a ter uma orientação neoliberal, qualquer que seja o nome que queiram dar às políticas actuais.

Perante estes factos evidentes, direi quase indiscutiveis, penso que é tempo dos portugueses, uns com conhecimento nos vários ramos do saber, outros com a experiência do mundo empresarial, juntamente com os políticos , se encontrarem para analisar, discutir e procurar resolver a situação económica em que nos encontramos, como resultado da globalização e dos acordos da O.M.C.

É absolutamente necessário e urgente, saber o que os portugueses podem e devem fazer no contexto da U.E. e do mundo. Não se trata de discutir, como melhor concretizar as mudanças que decorrem dos nossos direitos e deveres como membros da U.E. O que se deve reflectir, com o máximo de objectividade e profundidade,é o caminho a seguir, a estratégia a adoptar, sobre o que depende, exclusivamente, de nós.

Não podemos continuar a justificar os nossos problemas, como o resultado da nossa integração na U.E. , da globalização e do neoliberalismo. O mundo não muda continuamente. Temos o dever de nos saber enquadrar no mundo global, de descobrir as nossas potencialidades, definir uma estratégia económica que as valorize e contribua para desenvolver o país.

Já não é mais suportável, aceitar dos vários partidos políticos, posições antagónicas sobre a economia e desenvolvimento do país, conforme estão no governo ou na oposição. De nada serve acusar este governo, ou outro, pelo aumento do desemprego, quando nada de propõe como se pode criar empresas e postos de trabalho, empresas competitivas para exportar.

São este tipo de questões que urge discutir no país e não como parece começar a ser predominante´, voltar ao "passado" através de novas alianças baseadas na língua comum. Mas...este tema, será abordado em próxima reflexão,tendo como suporte o artigo de Mário Soares no DN.

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