terça-feira, 16 de fevereiro de 2010

A OBRA PRIMA...FOI RECUSADA PELO POVO!

Sou um leitor regular do Pacheco Pereira, em particular, do seu blog ABRUPTO. Com a mesma regularidade, vejo a " Quadratura do Circulo" e o seu programa pessoal, na SIC.

Sempre apreciei a sua capacidade de argumentação, por ser densa e profunda. Elogiava a sua " rebeldia" ,quando criticava o seu próprio partido, ou apenas se distanciava dos lideres do momento. Há muitos anos, que o considero um dos intelectuais portugueses, mais bem preparado para abordar situações políticas e questões ideológicas.

As suas opiniões e opções , quase sempre bem explicitadas e justificadas, obrigava-me a reflectir pois, apesar da admiração pelo seu trabalho, estamos à muitos anos com posições políticas e partidárias diferentes.


Estas considerações, que acabo de fazer, servem para realçar e compreenderem a minha estupefacção, pelo comportamento político do Pacheco Pereira, nos últimos tempos.


Já tinha lido alguns comentários seus, a " condenar"o Sócrates, feitos apenas na base de meras suposições. Algumas vezes , na "quadratura...", tentou impor-se, autoritáriamente, procurando limitar as argumentações do António Costa. Mas, no seu último programa pessoal, na SIC, que apenas vi no dia 16/2, ultrapassou todos os limites!


O pretenso plano de Sócrates para " limitar a liberdade de imprensa " , revelou uma faceta sectária de Pacheco Pereira, que desconhecia. Está obstinado em atacar o Sócrates de qualquer maneira e por qualquer método. Naquele programa, passado no dia 16/2, ultrapassou os limites de admissível, nas comparações que fez.

Como é possível, ter a ousadia de comparar a acção criminosa, do jornal o Sol, com o comportamento, também ele à margem da lei, de um alto funcionário americano, que desviou documentos secretos para entregar à imprensa, quando, o que então estava em causa, o que era relevante, era tratar-se de crimes de guerra, crimes contra a humanidade praticados pela administração americana no Vietname?
Mesmo admitindo, como possível, que Sócrates procurou condicionar um ou outro programa televisivo, um ou outro jornalista, que, como sabemos, todos os governos fazem, ou tentam fazer, em determinadas circunstâncias, não é admissível, para um homem formado e informado como Pacheco Pereira, fazer analogia dos casos, como ele fez nesse programa!
Porque será que ele tem assumido tais posições sectárias? Será que ainda não digeriu a derrota eleitoral de Manuela Ferreira Leite, no confronto com Sócrates? Ou, como outros afirmam, a sua derrota eleitoral, por ter sido ele o mentor e ideólogo dela, como reconheceu, entre outros Marcelo Rebelo de Sousa, ao afirmar na RTP, que Pacheco Pereira poderia pedir, a MFL, o lugar que quisesse.
Esperamos pelos próximos desenvolvimentos...





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