sexta-feira, 18 de novembro de 2011

PERPLEXIDADES II

Qual a razão, porque uma sugestão da Troika provocou uma onda de críticas, quando as imposições expressas no Memorando, tinham sido reconhecidas como indispensáveis por muitos, apoiadas por outros e "criticadas" por alguns? É porque foi afirmado perante as câmaras de televisão e todos os portugueses ficaram a saber "quem manda", ao contrário do Memorando que foi escondido de eleitorado? Será apenas porque não concordam com cortes no sector privado, ou receiam, que os atingidos tenham que ser apenas a classe média, os grandes proprietários e o capital, porque os que trabalham na produção ou nos serviços, já vivem próximo da miséria? Ou será que temem, que a sugestão da Troika de cortes no sector privado, quando passa nas televisões europeias, levará as pessoas e alguns organismos internacionais a concordar, pois conhecem estudos e relatórios, que demonstra ser Portugal um dos países onde a desigualdade na distribuição dos rendimentos é maior?


Quando se constata que, o Presidente da República, a Igreja, os partidos políticos, os sindicatos e até os dirigentes patronais, são contra a redução de subsídios ou de remunerações do sector privado, algo está errado. Então, não devem ser todos os portugueses, com rendimentos acima de certo nível, que devem pagar?

Admitindo que a C.R.P. ainda é válida e, como consequência, o corte de salários ou de subsídios seria inconstitucional, porque ninguém quer sugerir um imposto especial temporário, que qualquer governo tem legitimidade para aprovar?

Continuo perplexo... e chego a pensar, que eles se esquecem que as dívidas são para pagar..., são da sua responsabilidade, ainda que muitos de nós também tenhamos contribuído para a "banca rota".


Nota: Não posso deixar de lamentar, que até Mário Soares, um dos políticos que mais respeito e aprecio, e António José Seguro, que apoiei a SG e com quem me identifico, politicamente, em muitos aspectos, tenham entrado neste coro de criticas sem alternativa.

Sem comentários:

Enviar um comentário