sábado, 29 de setembro de 2012

Grande Manifestação da CGTP, Ou Expressiva Derrota Dos Interesses Instalados De "Esquerda"?



Vi com atenção, a manifestação da CGTP, desde que os três canais da televisão começaram as reportagens. Prestei muita atenção, a muitas das declarações dos manifestantes, que foram entrevistados. Escutei o discurso, a cassete, do líder da Central do PCP, reflecti sobre o seu conteúdo e só pude concluir: a manifestação, constitui uma expressiva derrota, dos interesses instalados de "esquerda".

A manifestação, representou uma expressiva derrota na organização, porque apesar de ter mobilizado pessoas de outras zonas do país, através de 20000 delegados e 2000 dirigentes sindicais e transportados em mais de duas centenas de autocarros, apenas conseguiu reunir cerca de 100000 manifestantes na Praça do Comércio, enquanto no dia 15 de Setembro, terão participado meio milhão em Lisboa e, no conjunto das várias manifestações, um milhão de manifestantes, apenas convocados pelas redes sociais.

A manifestação, representou uma expressiva derrota política, porque apesar da comunicação social afirmar, que alguns dinamizadores das manifestações espontâneas anteriores, terem apelado à participação, e de Arménio Carlos, ter afirmado perante as câmaras da televisão, que a manifestação deixaria de ser da CGTP, para passar a ser de todos. Contudo, o que foi evidenciado, foram as participações de dirigentes sindicais de polícias, professores e militares, entre outros, assim como os dirigentes do PCP , do BE e, particularmente, de Carvalho da Silva, a tentar "vender" o seu congresso das alternativas, para voltar a ter protagonismo, do qual demonstra grande nostalgia. Finalmente, para demonstrar aos ingénuos, porque "a unidade" com CGTP/PCP não é possível, voltaram a cantar a Internacional...numa concentração que se pretendia "unitária", de todos.

Em síntese, o que hoje o PCP veio demonstrar, mais uma vez, através da CGTP, é que continua a ser impossível contar com eles, para fazer as reformas necessárias. Não aceitam qualquer reforma, todavia, vão "tolerando" que o mundo do trabalho fique sem direitos e os salários baixem, com as "suas gloriosas lutas e manifestações", que mais não servem do que tentar defender, por todos os meios, os seus quadros políticos e sindicais, alojados aparelho do Estado e nas autarquias locais, de braço dado com a "classe média" instalada, como era evidente na composição social da generalidade dos manifestantes e pelas declarações que fizeram. O "Quartel General" dos interesses instalados, também passa por estes senhores, apesar da sua retórica de esquerda e de serem trabalhadores...que há décadas não vão aos locais de trabalho.




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