segunda-feira, 25 de abril de 2011

Comemorar o 25 de Abril, num estado de frustração e revolta!

IV



Paris, cidade da luzes, centro do mundo político, nas décadas sessenta e setenta. Contudo, o mundo da cultura burguesa, como então se dizia, pouco interesse me despertou. Mais importante, era a participação nos eventos revolucionários dos imigrantes e exilados, que viviam em França e, em especial, tudo o que se relacionava com o Maio de 68 que ainda não se tinha extinguido. Paralelamente, continuava a estudar toda a documentação e propaganda relacionada com o marxismo Leninismo e a reconstrução de um novo partido comunista. Depois de profunda reflexão, acabei por me integrar no "PCP-ml", por ter considerado ser o único que defendia, teoricamente, o marxismo Leninismo e Mao Tsé Tung. Mais tarde, acabei a participar em mais uma "cisão", quando tudo tentava fazer pela unidade das várias organizações ML.



Enquanto tudo isto ia acontecendo, alguma frustração começava novamente a fazer-se sentir. Não conseguia compreender, porque os operários franceses, portugueses ou de outros países, não aderiam às organizações ML, apesar de se falar sempre em "revolução operária" e para os operários? Porque as organizações ML eram compostas quase exclusivamente por estudantes e intelectuais? Porque os lideres dessas organizações se guerreavam continuamente, nada fazendo pela unidade ou a convergência com outro tipo de organizações na luta concreta contra o fascismo? A experiência e formação que então tinha ainda não me permitia tirar conclusões.







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