domingo, 1 de maio de 2011

Comemorar o 25 de Abril, e agora o 1 de Maio num estado de frustração e revolta!

Em 1974, a comemoração do 1 de Maio foi, principalmente, a saída da Povo para a rua para celebrar a Liberdade! Nesse tempo, comemorava-se a luta da classe operária contra o capitalismo, contra o imperialismo, pela revolução e o socialismo!

Entretanto, como resultado da integração europeia, das alterações cientificas e tecnológicas, do serviço terciário nas sociedades capitalistas ocidentais ter aumentado e os operários perderam a sua preponderância, em termos quantitativos e qualitativos o 1 de Maio da classe operária acabou!Em consequência, emergia a chamada " classe trabalhadora " ,como resultado das alterações sociais, com o domínio dos sindicatos e dos partidos de esquerda, pelos trabalhadores com formação superior e pelas " teses revisionistas " defensoras da " transição pacifica ".

Progressivamente, no mundo ocidental, as manifestações do 1 de Maio passaram a ser designadas como o dia do trabalhador, já não se luta pela revolução e o socialismo, que deixaram de ser alternativas. Ao mesmo tempo, na União Europeia as desigualdades sociais aumentam, os ricos e poderosos aumentam escandalosamente as suas fortunas, e o capital quer retirar todos os direitos aos trabalhadores!

Para quem, como eu, que dedicou grande parte da vida à defesa dos direitos e deveres de quem trabalha, primeiro lutando pela revolução e do socialismo, depois na participação na consolidação do regime democrático, através do partido, sindicato, comissões de trabalhadores e participação nas autarquias, não pode deixar de se sentir alguma frustração pela situação do país, apesar de reconhecer que a maioria do povo português vive ainda melhor que no passado fascista.

O momento que o país atravessa justifica, certamente, algumas contenções reivindicativas nas manifestações do 1 de Maio. Temos assistido nos últimos tempos, ás mais variadas sugestões, propostas e manifestos, para procurar resolver a grave situação política, económica e financeira em que nos encontramos.

Ainda hoje, saio mais um Manifesto, tendo como subscritor mais mediático, Boaventura Sousa Santos, onde, na minha opinião, além da analise da situação internacional, da critica a alguns dos aspectos mais revoltantes, fica-se por um apelo demasiado idealista, quanto à forma de convater o neoliberalismo e os mercados financeiros, verdadeiros detentores do poder político mundial.

Retomando ao tema do 1 de Maio, são várias as razões porque as comemorações significam para mim frustração e revolta. Frustração, porque a dita elite de esquerda anda distraída e o povo indiferente, revolta, porque a direita saudosista e reacionária, usando os média de que é proprietária e ou influencia,está ao ataque em toda a linha, senão vejamos:











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