domingo, 8 de maio de 2011

Falam de tudo mas não dos problemas de Portugal!

II



Se a discussão e o debate dos problemas que Portugal enfrenta não é relevante, o que preocupará a nossa intelectualidade e os inúmeros comentadores, em especial os Economistas, incapazes de prever a crise que nos atinge, mas sempre prontos a fazer "propostas" e "projectos" para o futuro?



Em primeiro lugar e acima de tudo, criticar o governo e condenar Sócrates pela situação a que chegamos. Tudo fazem, para que o povo não seja informado e tome consciência de que a crise que vivemos é comum a muitos países na Europa. Criticam a falta de reformas, mas omitem, que quando o primeiro governo de Sócrates as iniciou, os partidos da oposição, apoiando-se e apoiando a generalidade dos comentadores das televisões, tudo fizeram para generalizar a contestação ao governo, impedir a sua concretização e denegrir os seus principais protagonistas. Correia de Campos e Maria de Lurdes.



Depois, especulam sobre as eventuais medidas que seriam aplicadas como consequência do Memorando, sempre as mais gravosas possíveis para atribuir a responsabilidade a Sócrates, mas ficam estupefactos e mesmo revoltados, porque o Primeiro Ministro faz uma comunicação ao país desmentindo toda a campanha das oposições partidárias, que tiveram o apoio de toda a comunicação social, alimentada pelos mais variados "especialistas" de economia e gestão.



Entretanto, porque o Governo e o Partido Socialista afirmaram que aceitariam "governar com o FMI", ou seja, tomar medidas indiscutivelmente impopulares, mesmo algumas contrárias ao seu ideário ideológico e programático e, mesmo assim, todas as sondagens apontavam para uma substancial subida do PS e a queda do PSD, a "brigada" da direita na comunicação social volta a atacar Sócrates, e agora também o PS, para o qual teve a inestimável contribuição de Francisco Louçã.



Como apesar de tudo as criticas ao Governo e a "demonização" de Sócrates não dão para ocupar tão vasto aparelho dos média num país tão pequeno, e como não consideram relevante discutir as imposições do memorando, vão "enchendo chouriços" com noticias sobre interpretações do memorando e vinculando já as criticas que os "neocorporativistas" vão fazendo contra a "utopia" e a "impossibilidade" de aplicação das medidas do memorando.



Concluindo, o que nós vamos lendo, vendo e ouvindo, são mirabolantes histórias para o "Portugal dos pequeninos" ,a procurar explicar e justificar a irresponsabilidade dos partidos da oposição em permanente contradição. O PCP e o BE, que continuam a criticar tudo e todos sem querer assumir qualquer tipo de responsabilidade, ainda que agora o BE fale em aceitar participar num governo do PS...sem Sócrates!!! Pelo lado do CDS, continuamos a assistir a mais uma elaborada manobra de conquista de ministérios, seja com governo liderado pelo PS ou pelo PSD, enquanto que critica os outros partidos por falta de coerência!?



Finalmente, temos o partido "liderado" por Passos Coelho, mas de facto controlado por Cavaco Silva através do seu "emissário" Catroga, que cada dia que passa contraria o que afirmou no anterior, que cada dirigente contradiz uma "personalidade" independente, que aceitaria governar com o PS...sem Sócrates, mas perante a derrocada das perspectivas de vitória anunciada pelas sondagens, agora afirma que já não governará nem com Sócrates nem com o PS!!!




O que poucos querem reconhecer, é que a elite do nosso país, que tem vivido num "fartar vilanagem", só mudará obrigada e por imposições dos nossos credores e, como consequência, esconde do povo as propostas feitas no memorando e fará tudo para não as discutir publicamente e não se compreender as razões porque chegamos quase à banca rota, passados apenas 25 anos de entrarmos na União Europeia, é a vergonha nacional!


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