domingo, 8 de maio de 2011

Falam de tudo mas não dos problemas de Portugal!




Lido as notícias nos jornais, analisado os comentários nos blogues e a informação que as televisões nos dão sobre congressos, programas, comícios e debates, na última semana, só posso tirar a seguinte conclusão: os problemas da sociedade portuguesa, evidenciados no Memorando da UE, BCE e FMI, responsabiliza tanto as elites, que estas, continuam a recusar-se a discutir as eventuais soluções dos problemas elencados!



Prova mais evidente da recusa dessa discussão, é o facto de, até este momento e que eu tenha conhecimento , não ter sido traduzido e publicado o Memorando. Tanto quanto sei, apenas o blogue "aventar" tomou essa responsabilidade, o que me possibilitou a mim e a quem tiver acesso fazer o seu estudo. Como cidadão, quero agradecer e felicitar os bloguistas do "aventar", pelo contributo que deram para o conhecimento da situação do país e a sua possível discussão, por todos os que não conhecem a língua Inglesa, entre os quais me incluo!



Como em tudo na vida, há excepções. Dos intelectuais que acompanho mais de perto, Vital Moreira, tem defendido nos seus artigos muitas reformas, que vão ao encontro do que agora é exigido, particularmente o fim do "neocorporativismo" nas profissões liberais. Também Pacheco Pereira, em variados momentos tem defendido reformas, particularmente nos Órgãos do Estado e nos partidos políticos, o que lhe está a provocar mais uma marginalização no PSD, ainda que aparentemente diferente da que sofreu quando apoiou as reformas iniciadas no primeiro governo de Sócrates.



Outro intelectual que acompanho há muitos anos e que muito respeitava, António Barreto, voltou esta semana a reafirmar a necessidade e urgência de algumas mudanças defendidas por si ao longo dos anos. Todavia, a análise subjectiva que fez da actual situação do país, contrariamente ao que fazia no passado em que ponderava e relacionava os vários factos com objectividade, apenas para poder afirmar que "Sócrates deve ser castigado" por tudo o que de mau aconteceu nos últimos anos em Portugal, omitindo o contexto europeu e internacional no contributo para a crise em que vivemos, é uma atitude intelectualmente desonesta que muito me surpreendeu e me deixou desiludido! Tal atitude, em nada contribui para a discussão e resolução dos bloqueamentos da nossa sociedade, como ele vinha referindo e criticando.






Sem comentários:

Enviar um comentário