domingo, 1 de maio de 2011

Comemorar o 25 de Abril, e agora o 1 de Maio,num estado de frustração e revolta!

III





Quem estuda os movimentos sociais e políticos, sabe que, os que tem o poder, tudo fazem para o aumentar e consolidar e, ao mesmo tempo, procuram desvalorizar, quando não esmagar, os seus adversários ou os seus símbolos. Enquanto alguns países vivem uma crise financeira gravíssima, a " central " do neoliberalismo, desencadeou dois acontecimentos mediáticos para entreter e ocupar a mente dos povos, para que estes não se preocupem com a sua situação profissional e social e os desviar da luta contra os responsáveis, de comemorar o 1 de Maio.






Os espectáculos do casamento dos " Princepes" em Inglaterra e da " beatificação " de João Paulo II, atingiram tais proporções nos média, com milhares de enviados especiais, que durante dias, a todas as horas, absorveram quase todo o tempo das emissões televisivas e de rádio e as páginas dos jornais e revistas! Tudo natural, voltarão a dizer os incautos. Será apenas coincidência, que a figura de João Paulo II, passou a ser " venerada " no dia do trabalhador, ou como eles dizem, dia da Mãe? Bom, dirão outros, que isso se passou em todo o lado, não só em Portugal , e não foi para desvalorizar o 1 de maio! Será assim? Não! Para os que ainda tem dúvidas, o actual Papa, elogiou a liderança de João Paulo II, na luta e na victória contra o Marxismo e a ideologia do progresso. A " agenda " neoliberal andou de mãos dadas com a negação do Vaticano II!






Terá sido por mero acaso, que nos últimos dias tem sido transmitido "grandes jogos " de futebol nas televisões generalistas? Que no 1 de maio foram realizados a maioria dos jogos de futebol á tarde, particularmente o do Benfica, com transmissão na TVI? Foram só interesses económicos e desportivos, que justificaram a final de ténis do Estoril e a prova final de motos no dia do trabalhador?






Quem são os verdadeiros autores das afirmações, que nos últimos dias tem vinculado como certo ou necessário, a redução do salário mínimo, o desconto dos dias no desemprego afectar a contagem do tempo para a reforma, querer acabar com a justa causa para o despedimento, propor a adaptação do código do trabalho às pequenas e médias empresas, tudo com o objectivo de criar receio nos trabalhadores e desmobiliza-los da luta?






São estes factos e muitos outros que poderia referir, que me provocam revolta. É a cegueira política de alguns que pretendendo atacar tudo e todos, nada fazem para convergir na defesa de quem trabalha, me aumenta a frustração.São os roubos escandalosos, praticado pelo capital financeiro contra os povos e os estados, aplicando juros elevadíssimos, para pagar as dividas de uma crise provocada por esse mesmo capital financeiro, que me obriga ,conscientemente, a condenar a actual (des)ordem no mundo, que quer acabar com o Estado Social Europeu, onde o capital só tenha direitos e os trabalhadores só deveres!






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